Cloud Computing (Computação em Nuvem)
Cloud Computing (Computação em Nuvem)
A palavra da moda é Computação em Nuvem. Uma moda que já tem pelo menos 30 anos.
De tempos em tempos, em intervalos cada vez mais curtos, surge uma novidade no mundo da informática. Porém, para quem vivencia esse espaço desde o seu nascimento, nem tudo é novidade.
Em 2000, tive a oportunidade de fazer um estudo bem aprofundado de um modelo chamado ASP (Application Service Provider). A idéia era fornecer os serviços através da internet para que o cliente não precisasse comprar softwares.
Na ocasião, o estudo indicou que esse tipo de negócio não era viável. Não tínhamos (e ainda não temos) banda larga suficiente para atender às necessidades das empresas e das pessoas físicas, e existia uma resistência natural das empresas em confiar a guarda de dados sigilosos a alguém que não se sabia bem quem é nem onde estava. E não deu outra, quem abriu o negócio, fechou no mesmo ano.
ASP nada mais era do que aquilo que hoje chamamos “Cloud Computing”. O nome ficou mais bonito, permite um marketing mais agressivo, as pessoas acham mais moderno e existe uma quantidade muito maior de clientes potenciais para usar o serviço.
Tenho visto diferentes definições sobre o termo, mas um exemplo mais clássico e fácil de entender são os e-mails de um provedor, principalmente os gratuitos. Quando você utiliza um e-mail do tipo gmail, hotmail, yahoo, você não tem a mínima idéia de onde, fisicamente, eles estão guardados. E pior, se precisar de algum suporte urgente, não tem para quem ligar... se sumirem e-mails, azar seu. Não tem garantia, mas é de graça!
E onde estão localizados esses e-mails? A resposta é: não sei, por aí, em algum lugar, na nuvem da internet.
Já um provedor de e-mail como o do Mandic, por exemplo, oferece suporte 24 horas. Se você perguntar onde estão os e-mails alguém te dirá e garantirá que nada será perdido. Têm um excelente produto. Neste caso também podemos dizer que estão “na nuvem”, porém, este é um serviço pago.
Para as empresas, sem dúvida nenhuma, recomendo a segunda opção, mesmo porque é muito barato.
Viajando mais no tempo, lembro-me da época em que não existiam microcomputadores, notebooks, desktops. Existiam apenas os mainframes, que ocupavam salas inteiras.
Naquela época as empresas que queriam usar um computador para contabilidade, folha de pagamento e outros serviços, podiam ligar para um provedor de serviço que instalava um terminal de computador na empresa do cliente, ligado através de uma linha telefônica privada com modem e o problema estava resolvido. Mas onde ficavam os dados processados? A resposta é: não sei, por aí, em algum lugar, na nuvem privada.
Então, o mainframe virou internet, o terminal e computador virou notebook, a linha privada virou DSL, o modem incorporou roteador, wireless etc.
E a nuvem? A nuvem sempre existiu e continuará a existir.
quinta-feira, 27 de maio de 2010