Eleições e a Urna Eletrônica. Dá pra confiar?
Eleições e a Urna Eletrônica. Dá pra confiar?
Sempre que temos um eleição se aproximando, volta ao cenário, a velha questão da confiabilidade da urna eletrônica.
A OAB nacional se recusou a homologar os sistema das urnas eletrônicas de 2010.
O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante Junior, afirmou que a entidade não tem fundamentos técnicos para fazer críticas positivas ou negativas em relação ao software utilizado nas urnas eletrônicas.
Parabéns à OAB, ela está certíssima! Nem ela nem ninguém poderia homologar um sistema com tantos riscos. É impossível, do ponto de vista pericial, garantir que o eleitor que votou em um determinado candidato terá o voto contabilizado para ele.
Um dia desses, estava conversando com meu amigo Frederico Gregório (Fred) e falávamos exatamente sobre essa questão. O Fred é um figura impar, é capaz de projetar não só o hardware de um computador, como também escrever todos os softwares que compõe o gerenciamento dos periféricos (teclado, video, HD, USB, etc.), além de desenvolver o software que controla todo sistema de urna eletrônica. Foi ele o idealizador do primeiro sistema de urna eletrônica no Brasil e hoje ele comercializa um sistema chamado SIVEA (Sistema Informatizado de Votação Eletrônica Auditável) que é utilizado para eleições de clubes, entidades de classe, e todo mundo que precisa de um sistema ágil e confiável, incluindo o voto pela internet.
No caso do sistema do TSE, não se pode legitimar que o software seja confiável. É preciso auditar todos os fontes, de todos os periféricos, que compõe a urna eletrônica, e essa tarefa é impossível, principalmente com a utilização do sistema operacional Linux adaptado pelo próprio órgão, substituindo o VirtuOS (100% brasileiro) e o Windows CE.
Desde a implantação da urna eletrônica, eu deixei de votar. Tomei essa decisão no momento que cheguei na sala de votação e vi que o mesário digitava alguma coisa em um terminal conectado com a urna eletrônica, e ela ficava liberada para eu registrar meu voto. Pensei: A urna pode saber, perfeitamente, quem vota em quem. Como eu não confio no sistema e nem confio nos auditores do TSE, o melhor é não votar.
Mas agora em 2010, resolvi voltar a votar porque achei um candidato à Deputado Federal em que eu confio. Seu nome: Mandic 2555. Como diria Maluf: Esse eu conheço!
Resumindo, os sistema atual do TSE não é confiável e pode ser alvo de fraudes.
Se você quer saber mais sobre o assunto, aqui vão links bem interessante:
Voto Seguro: Página do Eng. Amilcar Brunazo, membro fundador do Cmind - Comitê Multidisciplinar Independente
SIVEA: Página do Sistema mais confiável que existe no mercado.
Microbase: Criadora do VirtuOS, primeiro sistema operacional utilizado nas Urnas Eletrônicas e também do software utilizado para votação sob especificação do TSE (1996, 1998 e 2000).
domingo, 19 de setembro de 2010